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Não poderei fazer por ti o que não fez.
Era teu por direito,
dado quando tu nasceste,
não eu!
A vida que te consumiu
não me diz respeito.
Não me tome por remissão,
sou apenas uma criança,
sou apenas teu filho!
Ainda não sei de tuas cicatrizes,
não sei nem mesmo se vais
me confessar tuas migalhas.
Não sou teu espelho,
sou teu filho!
Não te projetes em mim.
Somos dois!
Agradeço-te o sangue,
vivo pelos teus cuidados,
amo-te como amo o futuro.
Sou teu filho e pertenço ao que virá.
O silêncio de meus olhos pequenos
revelam o êxtase
diante de um mundo novo a cada instante.
Conduza-me livre para que o mundo se abra brando.
Mesmo assim, acho que vale a pena, Raul...
ResponderExcluirBjossss