segunda-feira, 5 de abril de 2010

AO MEU FILHO

Ao filho que jamais tive deixo uma REPREENSÃO:

MALDITO!
Podias ter herdado meus óculos e meu anel,
Meu nó na garganta e minha mordaça.
Podias ter me poupado de ver tua mãe,
Dia-a-dia, secando e chorando...
Filho! Sangue de meu sangue,
Lambuja de minhas entranhas.
Eu e tua mãe falhamos contigo.
Poucos dias nos restam,
Não admitimos que zombe de nossa SOLIDÃO!

Mal criado! Mal nascido! Não nascido!

Filho Maldito!
CALA-TE
DENTRO DE NÓS!!

Um comentário:

  1. Vai que um dia teus versos fiquem na história e que mais tarde um possível filho venha lê-los qual seria sua interpretação?

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